Meu espírito crítico ressurge mais uma vez.
Para muitos (inclusive eu) o Cavaleiro das Trevas ressurge saiu um poucos dos moldes do perfeccionismo de Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas trazendo certos erros para as telonas que deixaram os fãs absurdamente insatisfeitos com o encerramento da trilogia. Muito embora Nolan tenha feito um trabalho divino em comparação aos outros diretores (Leia-se Joel Schumacher) não posso deixar de mostrar alguns elementos que me deixaram bem chateado.
As cenas de John Blake
O papel de Joseph Gordon Levitt é de um policial idealista que vê a iminência do Caos em Gotham e luta para acabar com ele. Durante todo o filme, fica clara a intenção de Nolan de centralizar John Blake como forma de mostrar que Batman não é o único emissário da justiça. Porém, as cenas do jovem policial não possuem atração nem enredo suficiente para prender nossa atenção ou até ganhar nossa preferência no quesito heroísmo.
Ele não faz parte do universo dos quadrinhos mas é inspirado no idealismo de Jim Gordon e interpretado por Joseph Gordon Leivtt (ator que já trabalho com Nolan em A Origem) e representa todo o legado e pensamento positivo perdido pelo comissário Gordon após ter que incriminar Batman mesmo sendo Harvey Dent o vilão. O ator não é ruim mas as cenas em que John percorre Gotham ''tentando'' salvar a cidade são inteiramente cruas (não estou reclamando do cenário ou da fotografia) pois há pouquíssima ação e a atenção que o personagem recebe é desproporcional a sua posição (Batman manda abraços) é quase como se Nolan nos dissesse: Eu quero que vocês gostem dele, olhem somente para ele!
Não gostei do personagem porque primeiramente ele tirou espaço dos homens que deveriam estar mais ativamente lutando para recuperar o controle de Gotham: Batman e o Comissário Gordon. Na sua concepção de que o legado do homem-morcego serve como inspiração, Nolan extravazou quando deu atenção demais a um personagem tão sem importância.
A Lei Harvey Dent
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| A Lei em homenagem ao corajoso (e criminoso) Harvey Dent |
Não posso negar que a morte de Havey Dent (e a de Rachel Dools) mexeram profundamente com Batman e todo o povo de Gotham pois representava o real perigo que o mito de um justiceiro mascarado poderia atrair. Com o intuito de honrar todo o trabalho do corajoso promotor público da cidade foi criada a lei que colocou atrás das grades mais de mil criminosos sem direitos a condicional. A criação da lei acabou ficando muito forçado porque praticamente forçava a aposentadoria do Batman (uma justificativa um tanto desnecessária já que Batman poderia simplesmente ter se traumatizado e só já que não há taxa de violência em zero em nenhum lugar do mundo) .
Todos sabíamos que o caos retornaria a cidade e também sabíamos que não seria meia duzia de marginais que seriam os causadores da destruição por isso ficava eminente a explosão de vingança dos presidiários (algo bem previsível) além do fato de frisar que a morte de Harvey foi algo mal aproveitado.
Talia Al Ghul
A interpretação de Marion Cottilard foi muito boa o que não contribuiu para o total foi o enredo. Gostaria de ter visto uma rival no quesito sensualidade para Selina Kyle. Nos quadrinhos, Talia tem um treinamento semelhante ao do Batman (já que foi treinada por Ra's Al Ghul) e é constantemente a favor do Batman, por vezes delatando os planos do seu pai para o mascarado. Acho que a associação de Bane com Talia foi patética. Ok, fluiu bem mas outro vilão cairia melhor. Um pouco de ação sempre cai bem, só faltou Talia lutar um pouco.
Bane
O personagem de Nolan foi razoável, o diretor ás vezes peca em transformar o seu realismo dos vilões. Bane é um terrorista associado a Liga das Sombras sendo sucessor do falecido(?) Ra's Al Ghul sem nenhuma motivação senão seguir os planos do seu antecessor na liderança da liga.
Um elemento preocupante foi a máscara do vilão tão irreal já que nas HQs ele usa uma máscara tipo luta-livre e é totalmente independente de qualquer organização além de ter atrapalhado o ator Tom Hardy que foi obrigado a redublar o personagem. Reconheço que a associação com a trama de Batman Begins para fechar a trilogia foi fantástica mas Bane na Liga das Sombras não colou, tá certo que o vilão cresceu numa prisão e que se tornou frio por esse motivo mas era o tipo de personagem que tinha muito para se explorar, muito mesmo.
Onde está Batman?
Uma coisa que me deixou inquieto foi a ausência do Batman. O filme é marcado por cenas longas e por vezes vazias priorizando cenas mais lentas e chatas. No Cavaleiro das Trevas de 2008, as cenas são objetivas e você sempre pode esperar outra mesmo se já assistiu uma vez, enquanto ''Ressurge'' se limita a mostrar um Batman caído e derrotado (que é a ultima coisa que eu gostaria de ver) tá certo que Bruce precisava se encontrar pra consolidar sua imagem como Batman mas sua ausência no filme ou talvez sua excessiva presença como Bruce Wayne deixou o filme vazio, ainda bem que tínhamos Selina Kyle. Uhuu!
Reação de Nolan ao ler o post:
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